Pesquisa Dentaria.com
  Artigos
  Educação e Formação
  Apoio Bibliográfico Gratuito
  Em@il Profissional
  Classificados
  Médicos Dentistas
  Congressos
  Especialidades
  imagens
  Jornais e Revistas
 
 
  24 de Abril de 2024
  65 Utilizadores online
Utiliza o odontograma do software informático da sua clínica?
  Sim
  Não
   
O Dentaria.com lançou um Fórum aberto a toda a comunidade! Participe nos temas em discussão ou abra novos temas!
 
. Ordem dos Médicos Dentistas

. Tabela de Nomenclatura e Valores Relativos (Tabela de Honorários)

. Decreto de Lei que aprova o regime de licenciamento e de fiscalização das clínicas e dos consultórios dentários, como unidades privadas de saúde

. Simposium Terapêutico Online (MediMedia)



 

Publicidade

O Dentaria.com foi-lhe útil? Contribua com um DONATIVO!


98% dos ex-fumadores reincidem em menos de um ano
Noticia adicionada à base de dados do Dentaria.com a 2002-11-18


Três da manhã. O gravador da linha SOS Deixar de Fumar regista os desabafos de inúmeros fumadores em luta contra o vício. Vozes ansiosas de quem não consegue dormir ficam registadas em mais uma tentativa de contenção. Sentem-se incompletos. E perdem contra o tabaco. Cerca de 98% das pessoas que tentam deixar de fumar sem ajuda profissional reincidem em menos de um ano.

A sensação de vazio é uma das formas que a dependência do tabaco toma. Paulo Vitória, psicólogo clínico e coordenador da linha telefónica SOS Deixar de Fumar, diz ser frequente as pessoas desabafarem que se estão a despedir de uma parte de si.

Deixar o tabaco implica uma decisão difícil de tomar, mas sobretudo difícil de cumprir. Em Portugal, o combate está a cargo de instituições como o Conselho de Prevenção do Tabagismo, o Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, ou o Movimento Tabaco ou Saúde, nas quais a prevenção é fulcral. Mas a multiplicação do número de fumadores dita que, mais do que prevenir, urge remediar. Esta é uma questão que merece ser ponderada num dia dedicado a quem não fuma e a quem conseguiu deixar de fumar.

Os dados estatísticos trazem poucas esperanças. Não é animador saber que 98% dos que tentam parar sem ajuda profissional voltam a fumar em menos de um ano.

São muitas as estratégias usadas para deixar o vício. Há quem tente apenas com força de vontade, recorrendo a fármacos de venda livre, e há, até, quem enverede pelas medicinas alternativas _ homeopatia, acupunctura. Uns são bem sucedidos à primeira, outros fazem várias tentativas, dizendo sempre que a última é que é de vez.

Não se conhecem soluções infalíveis, mas existem alguns métodos que podem atenuar o esforço que, com frequência, ultrapassa a força de vontade do fumador. Segundo Paulo Vitória, para combater a adicção com sucesso exigem-se armas em três vertentes: física, psicológica e social.

A primeira a relevar é a física e depende do grau de dependência do fumador.

Eduarda Pestana, médica do Hospital Pulido Valente, dá consultas de desabituação tabágica desde 1988. A primeira etapa consiste num inquérito e na medição dos valores de monóxido de carbono, tensão arterial, entre outras. É então que se analisam as respostas, o grau de dependência do paciente e se é necessário recorrer ao tratamento farmacológico.

Quando a dependência é elevada recorre-se aos substitutos de nicotina: pensos, pastilhas, inaladores e o antidepressivo Zyban, alternativa livre de nicotina. Eduarda Pestana acrescenta que a primeira consulta dura uma hora e que o fumador terá de ter oito a dez consultas para cumprir todo o programa de tratamento. A médica diz que os resultados são razoáveis, com um índice de 30% de sucesso ao ano.

A parte física nem é a mais difícil de tratar, mas a vertente psicológica. O deixar o vício acarreta sintomas de ansiedade, insónias, falta de concentração e outras perturbações, o que varia em cada pessoa. Paulo Vitória explica que o acto de fumar, quando estamos dependentes, está no núcleo do que somos, marca a nossa identidade e gere o tempo, as emoções e até o trabalho. Por isso, os fumadores sentem que deixam partir um pedaço de si quando cortam os cigarros.

Os profissionais aconselham a pessoa a fazer uma lista de vantagens e desvantagens de fumar, bem como das situações em que o fazem. As listas podem ser úteis na mudança de hábitos, mas é bom despedir-se de cinzeiros e cigarros. Reduzir o número de cafés, as saídas com os amigos e as bebidas alcoólicas poderá revelar-se eficaz no início do tratamento.

Ligado ao psicológico está o factor social. No início, fumar é um acto socializado. Mais tarde, interioriza-se como um hábito individual. O apoio de amigos e família é importante, mas sobretudo é preciso acreditar que deixar de fumar marca a mudança de um estilo de vida.

autor Diana Mendes
in Diário de Notícias
dn.sapo.pt

Dentaria.com © 1999 - 2002, Todos os direitos reservados.
Toda a informação apresentada é propriedade do Dentaria.com não podendo ser total ou
parcialmente reproduzida sem a devida autorização. Contacte a equipa Dentaria.com